sábado, 8 de janeiro de 2011

POEMA SIMPLES



Nesse poema, quero falar de coisas simples.
Lembrar-me das carícias vividas
Mergulhando fundo, na esperança sentida.
Quero acordar cedinho
E poetizar ouvindo passarinhos
Quero desviar a palavra
No bico do sabiá
E afastar o desespero
Salvando da vida o tempero
Docemente criado por Deus
Nesse poema bordado bem cedinho
No silencio da alvorada
Quero beijar meus amigos
E abraçar inimigos
Tomando cana em um bar
Quero voltar a ser criança
Ouvir historias de meu avô
Dançar nas noites festeiras
Sem lembrar do adulto que sou
Quero notar os seios de minha prima
Que hoje na fenda de minha poesia
Mais alegre são, nesse poema de dizeres solto.
Espiando pela janela
Admirando o beijo dos noivos
Quero me banhar no lago
E poder nadar pelado
E ler, Machado De Assis.
Quero sorrir de lado
E amar um coração vadio
Beijar a mulher mais galinha
E pensando que seja tão pudica
Morrer de rir
Quero o simples, o engraçado.
Quero no amanhã
Poder gracejar.
E agradecer a Deus;
Pela janela que se abre
Pelo poema que bordo
Pela lagrima despejada
Pelo riso tão doce
Pelo amor feito a noite
Sob o olhar das estrelas
Quero na frente do espelho
Sentir o sabor da existência
Experimentar nos lábios o tocar do vento
Lembrar de seus beijos
E outra vez, sorrir.
Nem paixão nem sofrimento
Nem amor nem ilusão
Quero a conchego de um abraço
Um sorriso apenas por ser dado
E um coração batendo por mim
Quero sua nudez total
Você no cio, bonita e absoluta.
Abarrotada de devaneios,
Preferida por mim
Quero as noites mais longas
E os dias, mais resumidos.
Fui cego à vida inteira
E quero nesse poema, a luz.
Quer a ternura vivente
Estalando em meus olhos
Mordendo a vida da gente
Quero o carinho da filha
O beijo da mãe, o abraço do pai.
Quero as ondas quebrando
Quero pensar nas coisas
Quero a rosa da cor púrpura
Quero seus olhos de jabuticaba
Quero o doce de um sorriso
E nada, se não o amor.
Será versado será sentido
Nesse poema simples
Nos limites conquistados
Gritado ao meio dia
Com a luz apagada
Sobre o meu jardim de lírios
Deitado, pelo que já foi dor.
E sem temer as angustias
Arranco versos de amor
E nesse poema humilde
Traço sonhos
Esqueço a dor...

Gustavo Sinder

3 comentários:

  1. Poemas sempre trazem um pouco de sensibilidade aos corações que precisam. Bonito blog! :)

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  2. Quero ler-te todos os dias
    para buscar em teus versos,
    a inspiração que tanto queria.
    Bjos achocolatados

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  3. Oi Gustavo,
    Lindo o poema viu? Obrigada pela vistinha e espero que possamos estreitar esse gosto pelas palavras.
    Um cheiro.

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Mengoooooooo

Mengoooooooo
Ser Flamengo é ser humano e ser inteiro e forte na capacidade de querer. É ter certezas, vontade, garra e disposição. É paixão com alegria, alma com fome de gol e vontade com definição. Artur da Távola