segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Veneno nos olhos

Quando eu chorar com veneno nos olhos,
Feitiço da saudade que sinto
Morte do poema que traço
Enquanto do amor que não vivo
Descanso pro meu peito cansado...

Quando eu chorar com veneno nos olhos,
Enquanto a dor vence a calma,
Tal como o desgosto venceu o amor
E nessa hora te encontrar pela rua
Nas mãos três pedras, sentindo a alma tão nua.

E nos vestígios de lágrimas e sangue
De gritos e silêncio, pudores e vontades.
Sou aquele poema bordado
Aquele guardado, nunca lido, sempre encantado.

Quando eu chorar com veneno nos olhos
Na fresca lembrança do amor sentido
Como se fosse um vento forte
Que espalha flores
E corre, no momento de um olhar.

Quando eu chorar com veneno nos olhos
For no poema o seu traço,
For o que nego, o descaso
Da forte magia do meu penar
E escorrer da boca o amargo
Por lembrar dos seus lábios
Tão bons de beijar

Quando na noite,
No cheiro que a chuva trouxe
Terra molhada e luz sem luar
Lembrar do nosso amor
Esquecendo do amar
Sou eu sozinho
Que penso na vida
Que me fez tão penar
Gustavo Sinder

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mengoooooooo

Mengoooooooo
Ser Flamengo é ser humano e ser inteiro e forte na capacidade de querer. É ter certezas, vontade, garra e disposição. É paixão com alegria, alma com fome de gol e vontade com definição. Artur da Távola