sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

E eu...



E eu, moço que rabisco versos.
Falo do verde dos olhos
Desejo a morte e a vida
Vitorioso no sorriso
Acabado nas lagrimas
Cego na frente do espelho
Surdo ao barulho do vento
Espanto, sussurro e gemido.
Com tantas palavras na boca
Silêncio...
Silêncio...

E eu, milagre apenas.
Moleque tão impreciso
Num gesto mostrando-me aflito
Silêncio depois dou um grito
Espedaça a vidraça no chão
Foi o vento? Foi a solidão? Quem foi?
Silêncio...
Silêncio...

E eu, trovador do riso.
Salpicando o céu de estrelas
O doce no canto da boca
Brotando os ramos no chão
Botão, primavera chegando.
Não vejo não sinto não nego
As  pétalas quem arrancou ?
Silêncio
Silêncio

E eu, menino puro.
Escondo-me fecho em segredos
Amo-te calado, e no desespero.
E te esqueço nesse silêncio...

Gustavo Sinder

2 comentários:

  1. Abre este livro... E encontrarás então
    teu coração, de amor, rindo e cantando,
    cantando e rindo com o meu coração...

    J.G. de Araújo Jorge

    Beijos & Flores........M@ria

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  2. Sigam -me os bons! Hehehe...
    Lindo esse menino poeta.
    Belo poema.

    Beijo.
    Fernanda.

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Mengoooooooo

Mengoooooooo
Ser Flamengo é ser humano e ser inteiro e forte na capacidade de querer. É ter certezas, vontade, garra e disposição. É paixão com alegria, alma com fome de gol e vontade com definição. Artur da Távola