quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Morena de Jacarepaguá
Bordei um poema para te imaginar
Flutuando na doçura do olhar
Da moça de Jacarepaguá
Que tem os olhos repletos de candura
E um turbilhão envolvente na cintura
Dentro da alma pode se ver
A cada segundo uma flor nascer...
Eis aqui a poesia
Ornada num sorriso afoito
Nos braços de um bom alento
No abraço que dado na noite
Quando te chamei de encantada
E falei de seus olhos baixinho:
_Besourinhos da mata!
No rosto o sorriso sem graça
Enquanto no salão seu corpo bailava
Te conheci dançando um samba
No balanço que arrastou a madrugada
Tão alegre e tão formosa
De coração borbulhante
Presenciei a mulher
Virando versos e prosas
Canções, rimas e trovas
Morena libriana
Que seu rumo nunca mude
Vamos passear no céu
Pisar o verde da mata
Pedindo permissão ao tempo
Ficando ao sabor do vento
De sentir a emoção sem letra
Que em sua alma passeia
Na noite que a luz clareia
No destino ninguém manda
E no batuque do pandeiro
Será pra sempre meu bom tempero
Meu chamego e meu cheiro
Meus olhos iluminando
Esse olhar de luz morena
E sejamos felizes bem mais
Do que o tempo que ficou pra traz
E por esses olhos
Invento um vento pra ventar
Algazarras de passarinhos
Que venham passarinhar
Chuva que molhe as moças,
Que passeiam em Jacarepaguá
Para que a semente floresça
E de mim nunca se esqueça
Pois...
Quem é bamba nasce feito
Quem tem guias
Sempre sabe aonde chegar!
Gustavo Sinder
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Deliciosa cadência.
ResponderExcluirUm grande bj
Aff, lindo Gustavo! Só a agradecer! Bjs, Erica
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