quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Ainda
Ainda que a vida separasse tanta coisa
E que a morte eternizasse tantos sonhos
E que a luz nem tanto fosse linda
E que seu nome nem me falasse coisas...
Ainda que tudo fosse fraco
Que o gosto tão amargo
Deixasse na boca . um sorriso meio pálido
Com esse seu jeitinho calmo
Um sorriso de lado
Para um simples suspiro...
Ainda que muito me contassem
Que o sol queimasse meus queixumes
E que a dor nem na alma tocasse
Ainda que o muito nada fosse
E de tão pouco , a dor viesse
Para acalmar o acalanto
No sorriso que me padece
Ainda por muitos ainda
Ainda que nada me contasse
Pois do nada o tudo e sempre
E o sempre é quase a verdade
Ainda, apesar de sonhos,
Apesar do sono,
Apesar do medo,
Apesar do abandono
Sigo a vida ladeira a cima
No berço da dor
Mas no meio da alegria.
Gustavo Sinder
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Apesar de tudo, sigo a vida cantando, sigo a vida vivendo. Belo poema, querido.
ResponderExcluirAu revoir.
Que lindo!
ResponderExcluirTem a sua cara...ainda que eu não o conheço, mas através do que eu vejo, posso afirmar.
Vá em frente...sabe muito bem sonhar.
E em seus sonhos nos trás alegria , na arte de rabiscar.
Uma bela noite.
Um grande abraço.