Quatro mãos

Ele que sorri no mar, ri-se do mar e das montanhas.

Ele que se diz carente mas no rosto tem um jeito inconsequente,

Nesses mares quer amor e nunca se cansa de amar...

Ah o mar, que navega nesse moço, faz as ondas serem gigantes de paixão e desejo ardente!

Num ardente calmo tal qual essas frias noites de junho...

Onde o silêncio da noite faz o gemido ser alto...

E ela ama e canta as mais loucas melodias soltas e os anjos gostam e ela sorri afoita!

Embriagado de paixão ele se entrega, e em cada toque se perde.

Sob o luar que brilha nos céus que cobrem o mar,

afoito ele sucumbe ,desliza as mãos sobre a pele morena e do bronze retira o ouro,

que corre ardente na boca sedenta do menino do mar!

E a lua entendeo que é amor e o vento arrepia a pele nua ...

O mar faz barulho e uma sereia canta , presente da natureza para os amantes a beira-mar ...

As estrelas se apagam em respeito aos amantes

E a noite escura e nua se debruça sobre dois corpos que envolvidos na loucura de muitos , sucumbem ao prazer, a paixão mais delirante.

A noite se cala, os corpos se tocam, a pele se aquece, gemidos, sussurros, unha que arranha a carne...

Eminente explosão, gozo...

Saciados e esgotados de amar largados ali, a observar que, as estrelas se acendem, iluminam os rostos... A noite clareia e o amor se fez...

E então os amantes se acalmam quando o sol nasce no céu e ele a admira ali na areia tão sua, tão deuza , beija sua boca que bebeu seu sêmem e sente seu gosto no doce dos lábios teus...

E ela sorri, saciada de desejo e paixão, aconchegada em seus braços, suspira baixinho e agradece aos deuses por um amor tão doce, por um desejo tão grande e assim os amantes adormecem, abraçados depois do intenso prazer .saboreado a beira mar.

Sandra botelho / Gustavo Sinder

Doce poetisa de Minas que mora em São Paulo .